terça-feira, 7 de abril de 2009

Índios

Músicas podem também ser uma fonte muito rica do nosso trabalho de história. O verdadeiro desafio é tentar interpretar a letra da música relacionando-a a um conteúdo da matéria.
A letra a seguir foi escrita por Renato Russo e fala de alguns problemas da sociedade. Para isso ele começa a letra falando do processo de dominção e destruição das sociedades indígenas.
Vamos ouvir a música e tentar interpretar cada parte dela.
Para isso abra um arquivo no word, copie e cole a letra. Depois disso clique no link do you tube e escute a música. Registre no word qual foi sua impressão de cada trecho dessa música. Não precisa só interpretar, seus sentimentos também valem.
Quando acabar tente relacionar o que você escutou com a matéria sobre colonização.
Escreva um texto de no mínimo 15 linhas e me envie o arquivo.

http://www.youtube.com/watch?v=Nh-mEYy-cbc

"Indios"

Quem me dera

Ao menos uma vez

Ter de volta todo o ouro

Que entreguei a quem

Conseguiu me convencer

Que era prova de amizade

Se alguém levasse embora

Até o que eu não tinha
Quem me dera

Ao menos uma vez

Esquecer que acreditei

Que era por brincadeira

Que se cortava sempre

Um pano-de-chão

De linho nobre e pura seda
Quem me deraAo menos uma vez

Explicar o que ninguém

Consegue entender

Que o que aconteceu

Ainda está por vir

E o futuro não é mais

Como era antigamente.
Quem me dera

Ao menos uma vez

Provar que quem tem mais

Do que precisa ter

Quase sempre se convence

Que não tem o bastante

Fala demais

Por não ter nada a dizer.
Quem me dera

Ao menos uma vez

Que o mais simples fosse visto

Como o mais importante

Mas nos deram espelhos

E vimos um mundo doente.
Quem me dera

Ao menos uma vez

Entender como um só Deus

Ao mesmo tempo é três

Esse mesmo Deus

Foi morto por vocês

Sua maldade, entãoDeixaram Deus tão triste.
Eu quis o perigo

E até sangrei sozinhoEntenda!
Assim pude trazer

Você de volta pra mim

Quando descobri

Que é sempre só você

Que me entende

Do início ao fim.
E é só você que tem

A cura do meu vício

De insistir nessa saudade

Que eu sinto

De tudo que eu ainda não vi.
Quem me dera

Ao menos uma vez

Acreditar por um instante

Em tudo que existe

E acreditar

Que o mundo é perfeito

Que todas as pessoas

São felizes…
Quem me dera

Ao menos uma vez

Fazer com que o mundo

Saiba que seu nome

Está em tudo e mesmo assim

Ninguém lhe diz

Ao menos, obrigado.
Quem me dera

Ao menos uma vez

Como a mais bela tribo

Dos mais belos índios

Não ser atacado

Por ser inocente.
Eu quis o perigo

E até sangrei sozinho

Entenda!
Assim pude trazer

Você de volta pra mim

Quando descobri

Que é sempre só você

Que me entende

Do início ao fim.
E é só você que tem

A cura pro meu vício

De insistir nessa saudade

Que eu sinto

De tudo que eu ainda não vi.
Nos deram espelhos

E vimos um mundo doente

Tentei chorar e não consegui



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2 comentários:

  1. Oi Professora! Aqui está o meu texto:

    Ao longo dos anos conhecemos muitas coisas e damos oportunidades para as pessoas entrarem em nossas vidas, e de alguma forma, fazerem parte de nossa historia... Assim como aconteceu com os índios na colonização, isso acontece nos dias de hoje, quando permitimos a proximidade com o outro, quando deixamos que eles se façam presente em nós... Mas infelizmente o que acontece não são surpresas agradáveis como imaginamos, até porque pensamos sempre positivo, em dias melhores... Às vezes é assustador olhar em volta e ver tanto sofrimento, tanta disputa, tanto egoísmo... Basta olhar para dentro de nós que, na maioria das vezes, não vamos gostar do que vemos lá... Aspiramos por mudanças, exigimos mudanças, principalmente da sociedade, dos governantes, do namorado ou de quem está a nossa frente... Mas como exigir do outro aquilo que não possuo? Como exigir mudanças se não me esforço para melhorar o que não gosto em mim?
    Os valores estão invertidos, a escravidão continua e nem percebemos... Passamos a vida absorvendo tudo o que nos é exposto, principalmente pela tv, consumimos exageradamente, corremos em busca de uma “felicidade ilusória” onde ser feliz é ter o carro do ano, o corpo perfeito e uma conta bancária altíssima, basta vermos as propagandas de carro, por exemplo, no qual o carro sempre vem acompanhado de uma mulher com roupas provocantes, um sorriso no rosto e um belo “final feliz”, ou seja, nos vendem um sonho... Grande parte das pessoas não se questionam do porque esse sonho é o ideal para si, e não buscam sonhar com algo melhor, simplesmente aceitam...
    Chega uma hora que cansa de tanta hipocrisia, tantas mascaras, tanto egoísmo, tanta prepotência, tanta vaidade, tanto orgulho... Chega uma hora que um simples abraço é tanto! É tão difícil... Que um papo saudável, um sábado de sol, um domingo a tarde é raro...Como pode os valores estarem tão invertidos, será que eu realmente me importo? O mundo está doente, será que eu percebi?

    Ass: Luanda/tarde/pré do sintuperj

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  2. Luanda,
    O texto esta muito bom. Você conseguiu traçar um paralelo entre a a colonização e as continuidades.Parabéns

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