quarta-feira, 25 de março de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

Ideologias do Século XIX


Texto 1:

“O dinheiro é um principio libertador. A substituição da posse do solo ou do nascimento pelo dinheiro como princípio de diferenciação social é incontestavelmente um elemento de emancipação. A terra escraviza o indivíduo, fixa-o ao solo. A mobilidade do dinheiro permite que se escape às imposições do nascimento, da tradição, que se fuja ao conformismo dessas pequenas comunidades voltadas sobre si mesmas e estritamente fechadas. Basta ter dinheiro para que haja a possibilidade de mudar de lugar, de trocar de profissão, de residência, de região. A sociedade liberal, fundada sobre o dinheiro, abre possibilidades de mobilidade: mobilidade de bens que trocam de mãos. Mobilidade das pessoas no espaço, na escala social.”(RÈMOND,René. O século XIX: 1815-1914)

1-Para o autor, o uso do dinheiro para diferenciação social é importante?
2-Quais argumentos ele emprega para justificar sua opinião?


Manifesto Comunista
“Um espectro ronda a Europa: o fantasma do comunismo. Todas as forças da velha Europa se uniram para combate-lo.(...)
A história de todas as sociedades até os nossos dias tem sido a história das lutas de classes(...). Opressores e oprimidos se enfrentaram sempre, mantiveram uma luta constante, velada algumas vezes, aberta e franca outras.
A burguesia tem desempenhado um papel altamente revolucionário na História(...)Uma revolução contínua na produção, um incessante abalo de todas as condições sociais, uma inquietude e um movimento constante distinguem a época burguesa das anteriores.(...)
As armas que a burguesia utilizou contra o feudalismo agora se voltam contra ela própria.(...)Ela produziu também os homens que empunharão essas armas: os trabalhadores modernos, o proletariado.(...)O progresso das indústrias(...) substitui o isolamento dos trabalhadores(....) por sua união revolucionária(...)Assim, o desenvolvimento industrial destrói as bases que a própria burguesia havia construído. Ela produz seus próprios coveiros(...).
Os comunistas consideram indigno ocultar suas idéias e objetivos(....)Os trabalhadores não tem nada a perder, a não ser as suas algemas. Em compensação, tem um mundo inteiro a ganhar. Proletário do mundo inteiro, uni-vos!”(MARK,Karl; ENGELS,Friedrich. Manifesto Comunista, 1848.)

Questões:
1-Com base no que você aprendeu sobre o iluminismo e o absolutismo e a revolução Francesa explique o trecho: “A burguesia tem desempenhado um papel altamente revolucionário na História(...)Uma revolução contínua na produção, um incessante abalo de todas as condições sociais, uma inquietude e um movimento constante distinguem a época burguesa das anteriores.(...)”.
2-Segundo o texto, quem produziu o proletariado?Como?
3-Marx e Engels consideram que a história é baseada em conflitos sociais. Que tipos de conflitos são esses?
4-Quem seriam: “os coveiros da burguesia”?
5- Por que o crescimento da economia capitalista condenaria a burguesia?

terça-feira, 10 de março de 2009

Navio Negreiro, Castro Alves




Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!


Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...


São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão...


São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael


Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ... ...
Adeus, ó choça do monte, ...
Adeus, palmeiras da fonte!... ...
Adeus, amores... adeus!...

Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer

Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar..

Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente —
Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...


Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...
Agora
Leia a poesia e observe as imagens do navio negreiro
1-Abra um arquivo no word com o título Navio Negreiro
2-Copie e Cole a poesia de Castro Alves nesse arquivo
3-Abaixo da poesia escreva seu comentário para cada uma das estrofes
4-Salve o arquivo na pasta de história e envie por email.
Bom Trabalho

Kiriku e a feiticeira

Acesse o link, e assista a um trecho do filme Kiriku e a Feiticeira
http://www.youtube.com/watch?v=gxUiV9-R26k
Depois responda a algumas questões:
Esse desenho parece com a maioria dos desenhos que você conhece?
Onde se passa essa história?
Você conhece alguma coisa da história da África?
Você conhece algum herói africano?Qual?
Você conhece algum outro desenho que mostra um pouco da África? Qual?
Quem é o herói dessa história?

O Brasileiro é um povo pacífico

Quando a Regência Trina assume o poder, um dos primeiros atos que os regentes realizam é a publicação de um manifesto pedindo ao povo brasileiro que mantivesse a ordem. Logo em seguida o regente Diogo Antoônio Feijó cria a Guarda Nacional, verdadeira força paralela ao exército e que aumenta ainda mais o poder dos coronéis.
Com todas essas evidências podemos afirmar que os brasileiros são um povo pacífico?
Outra questão importante é a de que o povo de reconhecia como brasileiro, será que havia neste momento um sentimento de indentidade nacional?
Faça um texto de no mínimo 20 linhas, onde você responde essas perguntas

quinta-feira, 5 de março de 2009

O Tráfico de Escravos

"A eficácia e abrangência do tráfico não seria alcançada se não houvesse cumplicidade das sociedades africanas(...) No entanto, vale repetir: foi provavelmente graças à existência da escravidão na África Atlântica pré-colonial que os navios negreiros puderam ser rapidamente abastecidos. Os europeus não inventaram a instituição, mas sim destinaram para outro fim- o comercial- cujas dimensões eram até então inéditas." Del Priore, Mary; Venâncio, Renato Pinto. Ancestrais: uma introdução à história da África Atlântica. Rio de Janeiro. Elsevier, 2004 p 38-40)
Após a leitura desse texto responda: o que significa a dimenssão comercial da escravidão inaugurada pelos portugueses?

quarta-feira, 4 de março de 2009

A Escravidão na África

A Escravidão na África

Leia o texto e depois comente quais são as principais características da escravidão Africana.
Essa escravidão era igual a escravidão dos europeus?Explique

"Nas sociedades organizadas em torno dos chefes de linhagens, em aldeias ou federações de aldeias, podiam viver estrangeiros capturados em guerras ou trocados por produtos como sal e cobre, que eram subordinados a um senhor e podiam ser chamados de escravos. Eles podiam ser castigados ou vendidos e tinham que fazer o que o seu senhor determinasse. Dava-se preferência a mulheres, que cultivavam a terra, preparavam os alimentos e tinham filhos. Os filhos das escravas com homens livres da família do seu senhor ou com ele mesmo geralmente não eram escravos. A princípio não tinham os mesmos direitos dos filhos de mulheres livres, trazendo a marca da escravidão, mas a cada geração esta ia diminuindo, até desaparecer(...)

Nos reinos que reuniam várias aldeias e federações de aldeias e nos quais o rei vivia numa capital, cercado de sua corte, de suas mulheres e de seus soldados, era maior e mais frequente a presença de escravos. As guerras de expansão ou para sufocar rebeliões eram a principal maneira de adquiri-los, mas estes podiam ainda ser comprados ou condenados a pagar com a perda da liberdade o desrespeito às regras locais. As mulheres, além dos trabalhos rurais e domésticos, também eram recrutadas para aumentar o harém do rei; os homens, além de trabalhar no campo, engrossavam os exércitos e faziam parte das caravanas como carregadores ou remadores(...)

Aliás, não era raro o senhor libertar os seus escravos, principalmente se estes lhe prestassem bons serviços.

Havia, assim, uma hierarquia dentro da condição de escravo, que ia desde o mais desprezado, como aquele que fazia os serviços desagradáveis e extenuantes, como trabalhar no campo e carregar cargas, até o que ocupava postos de responsabilidade e era admirado pelos seus talentos. O que fazia deste último um escravo, apesar de seu prestígio, era o fato de, por ser estrangeiro, não ter laços de parentesco ou solidariedade na sociedade em que vivia, na qual só era reconhecido como membro na qualidade de subordinado a um senhor.(...)

Assim, quando os primeiros europeus chegaram à costa atlântica africana, e entre outras coisas se interessaram por escravo, abriu-se mais uma frente do comércio de gente, mas este já era velho conhecido de muitos povos africanos."(SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática,2006.p 47-49)