segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Textos sobre Pacto Colonial

“As colônias não podem esquecer jamais o que devem à mãe-pátria pela prosperidade de que desfrutam। Devem, por conseqüência: dar à metrópole maior mercado a seus produtos; dar ocupação ao maior número de seus manufatureiros, artesãos e marinheiros; fornecer-lhes uma maior quantidade de artigos que ela precisa।”(POSTLETHWAYT. Os interesses comerciais britânicos explicados,1747)



“Seja como for, a expressão “plantation escravista” evoca uma propriedade rural relativamente extensa, cujas características principais seriam: 1)dedicar-se prioritariamente e em escala importante a atividades agrícolas ou agro-industriais de exportação ;2)possuir uma mão-de-obra escrava abundante; 3)apresentar um nível importante de investimentos; 4) dispor dos seus produtos no grande comércio oceânico(enquanto os mercados das haciendas eram majoritariamente locais, regionais ou intercoloniais)




(...)estruturalmente, incluía pelo menos dois setores agrícolas articulados: um sistema escravista dominante, produtor de mercadorias destinadas aos mercados europeus; e um sistema camponês produtor de alimentos, subordinado ao primeiro, exercido pelos próprios escravos através do seu trabalho autônomo em lotes dados em usufruto, e eventualmente por outro tipo de trabalhadores।”(CARDOSO, Ciro F. S. A Afro-América: a escravidão no novo mundo. São Paulo, Editora Brasiliense S. A 1982,1a ed, p.32)


“(o estabelecimento de uma empresa de caráter essencialmente econômico)havia sido utilizado por Dom Henrique, o Navegador, na ocupação dos arquipélagos atlânticos, particularmente na ilha da Madeira, com a distribuição de terras conforme a legislação portuguesa das sesmarias, o estabelecimento de capitães donatários, conforme prática feudal portuguesa(...), a Madeira serviu como um campo experimental, tanto para a política como para a economia colonial portuguesa, com a adaptação para o costume luso de práticas apreendidas com os genoveses, que a empregavam no Oriente.
O plantio da cana, o fabrico do açúcar já eram práticas conhecidas dos portugueses e no Algarve(sul de Portugal) produzia-se açúcar desde o século XIII(...)Só com a decisão do infante navegador de trazer canas da Sicília e montar um engenho real, movido a água, na Madeira, por volta de 1452, é que a atividade começa a tomar o vulto de grande empresa, providenciando-se, através de razzias nas ilhas Canárias, escravos para trabalhar na terra e no fabrico do açúcar. Com melhoria técnica(...) e o afluxo constante de escravos, a produção de açúcar avoluma-se, chegando a atingir 130 mil arrobas(1 arroba tem cerca de 15 quilos), no reinado de Dom Manuel.”(Francisco Carlos Teixeira da In: História Geral do Brasil. Editora Campus Ltda.1990, p 27)

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