Músicas podem também ser uma fonte muito rica do nosso trabalho de história. O verdadeiro desafio é tentar interpretar a letra da música relacionando-a a um conteúdo da matéria.
A letra a seguir foi escrita por Renato Russo e fala de alguns problemas da sociedade. Para isso ele começa a letra falando do processo de dominção e destruição das sociedades indígenas.
Vamos ouvir a música e tentar interpretar cada parte dela.
Para isso abra um arquivo no word, copie e cole a letra. Depois disso clique no link do you tube e escute a música. Registre no word qual foi sua impressão de cada trecho dessa música. Não precisa só interpretar, seus sentimentos também valem.
Quando acabar tente relacionar o que você escutou com a matéria sobre colonização.
Escreva um texto de no mínimo 15 linhas e me envie o arquivo.
http://www.youtube.com/watch?v=Nh-mEYy-cbc
"Indios"
Quem me dera
Ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha
Quem me dera
Ao menos uma vez
Esquecer que acreditei
Que era por brincadeira
Que se cortava sempre
Um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda
Quem me deraAo menos uma vez
Explicar o que ninguém
Consegue entender
Que o que aconteceu
Ainda está por vir
E o futuro não é mais
Como era antigamente.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, entãoDeixaram Deus tão triste.
Eu quis o perigo
E até sangrei sozinhoEntenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do início ao fim.
E é só você que tem
A cura do meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Acreditar por um instante
Em tudo que existe
E acreditar
Que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas
São felizes…
Quem me dera
Ao menos uma vez
Fazer com que o mundo
Saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz
Ao menos, obrigado.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado
Por ser inocente.
Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do início ao fim.
E é só você que tem
A cura pro meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.
Nos deram espelhos
E vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui
.
Oi Professora! Aqui está o meu texto:
ResponderExcluirAo longo dos anos conhecemos muitas coisas e damos oportunidades para as pessoas entrarem em nossas vidas, e de alguma forma, fazerem parte de nossa historia... Assim como aconteceu com os índios na colonização, isso acontece nos dias de hoje, quando permitimos a proximidade com o outro, quando deixamos que eles se façam presente em nós... Mas infelizmente o que acontece não são surpresas agradáveis como imaginamos, até porque pensamos sempre positivo, em dias melhores... Às vezes é assustador olhar em volta e ver tanto sofrimento, tanta disputa, tanto egoísmo... Basta olhar para dentro de nós que, na maioria das vezes, não vamos gostar do que vemos lá... Aspiramos por mudanças, exigimos mudanças, principalmente da sociedade, dos governantes, do namorado ou de quem está a nossa frente... Mas como exigir do outro aquilo que não possuo? Como exigir mudanças se não me esforço para melhorar o que não gosto em mim?
Os valores estão invertidos, a escravidão continua e nem percebemos... Passamos a vida absorvendo tudo o que nos é exposto, principalmente pela tv, consumimos exageradamente, corremos em busca de uma “felicidade ilusória” onde ser feliz é ter o carro do ano, o corpo perfeito e uma conta bancária altíssima, basta vermos as propagandas de carro, por exemplo, no qual o carro sempre vem acompanhado de uma mulher com roupas provocantes, um sorriso no rosto e um belo “final feliz”, ou seja, nos vendem um sonho... Grande parte das pessoas não se questionam do porque esse sonho é o ideal para si, e não buscam sonhar com algo melhor, simplesmente aceitam...
Chega uma hora que cansa de tanta hipocrisia, tantas mascaras, tanto egoísmo, tanta prepotência, tanta vaidade, tanto orgulho... Chega uma hora que um simples abraço é tanto! É tão difícil... Que um papo saudável, um sábado de sol, um domingo a tarde é raro...Como pode os valores estarem tão invertidos, será que eu realmente me importo? O mundo está doente, será que eu percebi?
Ass: Luanda/tarde/pré do sintuperj
Luanda,
ResponderExcluirO texto esta muito bom. Você conseguiu traçar um paralelo entre a a colonização e as continuidades.Parabéns